Nesta segunda-feira, 8 de dezembro, os mercados futuros globais demonstram movimentos iniciais de valorização, em particular os índices norte-americanos, que abrem a semana com um ligeiro avanço no pré-mercado. A atenção dos investidores está completamente voltada para a iminente decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, cuja deliberação é aguardada com grande expectativa para a próxima quarta-feira.
A taxa básica de juros norte-americana atualmente se encontra no patamar de 3,75% a 4%. De acordo com a ferramenta FedWatch da CME, que monitora as projeções de mercado, há uma forte expectativa para uma redução de 0,25 ponto percentual nesta rodada de análises. Tal cenário aponta para uma possível flexibilização na política monetária, buscando endereçar os desafios econômicos atuais. Na sexta-feira anterior, as bolsas de valores nos EUA encerraram em território positivo, impulsionadas pela divulgação tardia do Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de setembro, um importante indicador de inflação. Os dados revelados ficaram abaixo das projeções dos economistas, consolidando o PCE como uma das últimas peças de informação econômica relevantes antes da crucial reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed.
Mercados Futuros em Alta com Foco na Decisão de Juros do Fed
Embora não haja indicadores econômicos de grande peso agendados para esta segunda-feira no calendário americano, o Fed de Nova York irá liberar sua pesquisa de expectativas do consumidor, um dado que pode oferecer insights sobre a percepção pública em relação à economia. Ao longo da semana, o foco também se estenderá para a divulgação de resultados corporativos de empresas proeminentes como Lululemon, Costco, Broadcom, Oracle e Adobe, que tendem a influenciar a movimentação de seus respectivos setores. O panorama dos futuros nos mercados dos EUA revela modestos ganhos nesta manhã, com o Dow Jones Futuro registrando alta de 0,02%, o S&P 500 Futuro com +0,13% e o Nasdaq Futuro avançando 0,20%.
No continente asiático e na região do Pacífico, as bolsas operaram de maneira mista, à medida que os participantes do mercado avaliavam novos dados comerciais da China. As exportações chinesas demonstraram resiliência em novembro, expandindo 5,9% em dólares na comparação anual, superando a estimativa de 3,8% projetada pelos economistas consultados pela agência Reuters. Por outro lado, o Japão divulgou um Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre que retraiu 2,3%, um desempenho inferior às projeções que apontavam para uma queda de 2,0%, e mais acentuado do que a estimativa preliminar de declínio de 1,8%. Em meio a esses fatores, os índices apresentaram os seguintes resultados: o Shanghai SE (China) avançou 0,54%, o Nikkei (Japão) subiu 0,18%, enquanto o Hang Seng Index (Hong Kong) recuou 0,97%, o Nifty 50 (Índia) caiu 1,23% e o ASX 200 (Austrália) teve baixa de 0,12%.
Na Europa, as bolsas de valores apresentaram uma ausência de direção única em suas operações, refletindo a cautela e a atenção concentrada na eminente deliberação de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos nesta semana decisiva. Paralelamente, os bancos centrais europeus e outros também têm agendas relevantes: o Banco Nacional Suíço, por exemplo, publicará sua atualização de política monetária na quinta-feira. Nas semanas seguintes, mais decisões importantes sobre taxas de juros estão programadas para 18 de dezembro, com o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu (BCE) revelando seus próximos passos. Até o momento, o consenso sobre um possível corte na taxa básica pelo Banco da Inglaterra em sua próxima reunião permanece incerto, ao passo que a expectativa dominante é de que o BCE mantenha suas taxas inalteradas para mitigar os riscos inflacionários na zona do euro. Para complementar o cenário, o Banco do Japão também realizará sua última reunião de política monetária de 2025 em 19 de dezembro. Diante desse panorama, o STOXX 600 registrou queda de 0,05%, o DAX (Alemanha) subiu 0,14%, o FTSE 100 (Reino Unido) teve alta de 0,06%, o CAC 40 (França) recuou 0,23% e o FTSE MIB (Itália) avançou 0,07%.
Imagem: infomoney.com.br
No front das commodities, os preços do petróleo demonstram leve alta. Este movimento ascendente é influenciado principalmente pelo monitoramento das aquisições de petróleo russo por parte da Índia, bem como pelos ataques ucranianos à infraestrutura energética russa. Em contrapartida, as cotações do minério de ferro negociadas na China registraram queda, fechando o pregão no vermelho. Essa baixa é atribuída à redução na demanda chinesa, juntamente com o aumento da manutenção de equipamentos e a ausência de novas medidas de estímulo econômico por parte de Pequim. Em relação às cotações, o Petróleo WTI valorizou 0,35%, sendo negociado a US$ 60,29 o barril, o Petróleo Brent subiu 0,30%, atingindo US$ 63,94 o barril, e o minério de ferro negociado na bolsa de Dalian apresentou recuo de 1,43%, a 760,50 iuanes (equivalente a US$ 107,57). Por fim, o Bitcoin (BTC) também mostrou uma leve apreciação, com um avanço de 0,30%, cotado a US$ 91.701,30 nas últimas 24 horas.
Os mercados mundiais iniciam a semana com uma expectativa palpável pela decisão de juros do Federal Reserve. O futuro da taxa de juros americana não só direcionará o mercado interno dos EUA, como também ecoará nas bolsas da Ásia, Europa e nos preços das principais commodities. Investidores em todo o globo monitoram de perto os sinais que podem definir as tendências econômicas dos próximos meses.
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