Carlos Bolsonaro se emociona e critica ‘desumanidade’ na Alesp

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Na noite de sexta-feira, 5 de abril, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) expressou forte emoção durante uma cerimônia de homenagem na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O momento de choro foi desencadeado pela exibição de um vídeo que recordou o ataque à facada sofrido por seu pai, Jair Bolsonaro (PL), durante a campanha eleitoral de 2018.

Diante da plateia, o segundo filho do ex-presidente manifestou seu turbilhão de sentimentos. “Eu queria nomear um por um, mas minha cabeça está meio perdida”, declarou. “Eu queria que os senhores entendessem essa minha cara de triste. Eu agradeço a vocês porque é uma maneira de desabafar e dormir mais tranquilo”, completou o vereador, evidenciando o peso emocional que carregava naquele dia.

Carlos Bolsonaro se emociona e critica ‘desumanidade’ na Alesp

Desde que Jair Bolsonaro passou a cumprir o que o vereador descreve como “prisão domiciliar”, Carlos revelou que seu pai pediu que ele levasse “energia boa lá de fora”. Ele enfatizou que via centenas de pessoas emanando energias positivas, as quais esperava transmitir ao ex-presidente. Em relato tocante, o vereador descreveu as condições do pai: “Nos últimos dias pude visitar meu pai uma vez na cadeia. Ele está numa salinha de quatro metros quadrados onde passam uma chave na porta para que ele não possa nem sair no corredor. Quanta desumanidade estão fazendo com ele”, asseverou.

Curiosamente, Carlos Bolsonaro não fez menção ao anúncio de seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que dias antes havia afirmado ser o escolhido do pai para concorrer à Presidência da República em 2026. Flávio estava em São Paulo no dia da homenagem, mas optou por não comparecer ao evento na Alesp.

Em entrevista prévia concedida ao portal Metrópoles, Flávio Bolsonaro tentou acalmar o mercado financeiro, que havia demonstrado certa apreensão com sua indicação. Na ocasião, o senador ressaltou o apoio de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), governador de São Paulo, e reiterou o respaldo familiar à sua pré-candidatura. “Ele [Bolsonaro] tem a total confiança, o sangue do sangue dele, os mesmos princípios. E agora está na parte de eu conversar com mais pessoas para que todos entendam que, na verdade, é o projeto que vai ser vitorioso em 2026”, disse o senador, almejando o sucesso de sua empreitada política. O contexto da política nacional, muitas vezes volátil, demanda uma análise contínua para entender seus desdobramentos. Para aprofundar-se nos movimentos mais recentes do cenário político brasileiro e entender como as decisões judiciais e os debates partidários moldam o futuro do país, é possível consultar fontes como a coluna de Ricardo Pires na UOL Notícias, que oferece insights sobre esses complexos cenários.

Deputados bolsonaristas presentes na Alesp também expressaram sentimentos ambivalentes. Embora a noite fosse de celebração e homenagem, a felicidade não era completa, segundo eles, devido à ausência de Jair Bolsonaro – que atualmente cumpre uma condenação de 27 anos por tentativa de golpe – e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra em autoexílio nos Estados Unidos. Eles também reconheceram que a galeria não estava tão cheia quanto o esperado, mas justificaram que diversos apoiadores não conseguiram ter acesso ao local.

Na sessão festiva, Carlos Bolsonaro e o deputado federal Mário Frias (PL-SP) foram agraciados com o “Colar de Honra ao Mérito Legislativo”. Esta distinção, uma proposição do deputado estadual Paulo Mansur (PL), é destinada a indivíduos que tenham se destacado por contribuir significativamente para o desenvolvimento social, cultural e econômico do estado. Para justificar a homenagem ao vereador do Rio de Janeiro, que planeja disputar o Senado por Santa Catarina em 2026, Mansur argumentou que Carlos é uma figura que representa “o Brasil inteiro”.

Mário Frias, por sua vez, manifestou entusiasmo com a indicação de Flávio Bolsonaro à Presidência. “É uma notícia boa. União sim, vamos pedir união, desde que seja em torno de Jair Bolsonaro”, afirmou. Partidos do Centrão, que demonstraram desconfiança ao longo do dia quanto à seriedade da indicação de Flávio, defendem a união do grupo em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O deputado Lucas Bove (PL) reforçou o posicionamento de seu grupo ao exibir um boné com a inscrição “Bolsonaro 2026”, declarando com convicção: “para tristeza da esquerda, vai ter Bolsonaro na urna, sim.” A declaração sublinha a intenção de manter o legado político do ex-presidente ativo no cenário eleitoral.

Antes mesmo do início do evento principal, aproximadamente 20 estudantes ocuparam os corredores da Alesp. Organizando uma manifestação ruidosa, eles bradaram palavras de ordem e empunharam cartazes contra a anistia para Bolsonaro e os demais indivíduos condenados pela suposta trama golpista. Os manifestantes e os participantes do evento estavam separados por uma porta de vidro. Em vários momentos, os cartazes foram passados pela fresta da porta ou quando a passagem era aberta para a entrada de algum convidado, resultando no rasgo dos materiais pelos apoiadores do ex-presidente, marcando o contraste ideológico e a polarização presente.

A homenagem a Carlos Bolsonaro na Alesp revelou a complexidade das relações familiares e políticas do clã Bolsonaro, a reação a condenações judiciais e as articulações para as próximas eleições, destacando um cenário político efervescente e polarizado. Para mais informações sobre análises políticas e o cenário eleitoral futuro, explore nossa categoria de Notícias.

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Crédito da imagem: Antonio Bresciani

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