O mercado de meios de pagamento brasileiro tem observado com atenção o desempenho das empresas Stone e PagBank, cujas ações são negociadas em bolsas americanas. Após a divulgação dos resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025, ambas as companhias registraram uma forte correção em seus valores de mercado. Esta movimentação gerou a pergunta central: Stone e PagBank: BBI Avalia Potencial Após Queda das Ações. Este movimento de baixa, que incluiu uma queda de 17% para a Stone desde a publicação do seu balanço, levou o Bradesco BBI a questionar se os atuais patamares representam uma oportunidade de compra estratégica para investidores ou se sinalizam uma armadilha de valor no setor.
A preocupação principal que impulsionou essa desvalorização das ações de Stone e PagBank, e de outras companhias do segmento, reside na desaceleração do crescimento de volumes operacionais e no acirramento da concorrência no competitivo mercado de pagamentos. Essas variáveis, conforme apontado pelo Bradesco BBI, têm gerado inúmeros questionamentos por parte dos investidores, que buscam entender a sustentabilidade e o potencial de recuperação desses ativos financeiros.
Stone e PagBank: BBI Avalia Potencial Após Queda das Ações
Apesar dos sinais de enfraquecimento observados nos volumes, que já apontam para uma desaceleração no último trimestre de 2025 e uma provável continuidade em 2026, o Bradesco BBI adota uma perspectiva otimista. Mesmo com a necessidade de ajustar suas projeções de lucro líquido para 2026 e 2027 para níveis mais conservadores, o banco de investimentos enxerga um maior potencial de alta do que de baixa para as ações de Stone e PagBank nos atuais níveis de preço.
Essa análise se baseia em uma avaliação aprofundada dos múltiplos de preço/lucro (P/L) ajustados. Atualmente, a Stone negocia a um P/L ajustado de 6,1 vezes, enquanto o PagBank apresenta um múltiplo de 5,5 vezes. Estes valores figuram entre os mais baixos registrados na série histórica das companhias, sugerindo um risco de queda reduzido em comparação com o considerável potencial de valorização em um cenário econômico mais favorável. Tal cenário incluiria, por exemplo, a implementação de taxas de juros mais baixas e um consequente processo de reprecificação dos ativos no mercado financeiro, beneficiando especialmente empresas com valuations atrativos.
Múltiplos e Potencial de Retorno no Mercado Financeiro
O Bradesco BBI detalhou que, mesmo que os múltiplos atuais sejam mantidos, os investidores poderiam alcançar um retorno substancial. A projeção aponta para um crescimento do lucro de aproximadamente 10% e um dividend yield (dividendo sobre o preço da ação) que ronda os 10%. Isso permitiria aos investidores manterem sua exposição a uma possível reclassificação e valorização futura das ações de meios de pagamento. No contexto atual do mercado, embora o time de analistas demonstre apreço por ambas as empresas, a Stone recebe a preferência. A justificativa para essa escolha está no prêmio da Stone em relação ao PagBank, que se encontra em torno de 7%, um valor significativamente abaixo da média histórica de 15%, tornando-a mais atrativa.
Para o ano de 2026, o Bradesco BBI realizou ajustes nas projeções de lucro líquido para ambas as empresas. A expectativa é que a Stone alcance um lucro líquido de R$ 2,8 bilhões, resultando em um múltiplo P/L de 7,9 vezes. Para o PagBank, a previsão é de um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões, com um P/L correspondente de 6,7 vezes. Complementarmente a esses números, a análise do BBI incorporou os efeitos dos dividendos anunciados e dos programas de recompra de ações, detalhando ainda mais a avaliação de cada uma das companhias.
Imagem: infomoney.com.br
Detalhes da Análise para Stone e PagBank
A avaliação da Stone incluiu a consideração de diversos elementos que impactam o valor da empresa. Foram descontados R$ 3,2 bilhões em dividendos, gerados diretamente pelo caixa proveniente da venda de software. Adicionalmente, considerou-se um benefício fiscal de ágio no valor presente líquido (VPL) de R$ 679 milhões, além dos R$ 823 milhões remanescentes do programa de recompra de ações. Com esses ajustes, o P/L ajustado da Stone situou-se em 6,2 vezes. O Bradesco BBI antecipa ainda que a companhia anunciará uma distribuição de capital de cerca de R$ 2 bilhões no balanço do quarto trimestre de 2025, logo após o encerramento do programa de recompra. Esta medida potencial implica um dividend yield de 9,1% e estabeleceria um novo múltiplo P/L ajustado de 5,5 vezes para as ações da Stone.
Por sua vez, a análise do PagBank seguiu uma metodologia similar, levando em conta os valores relevantes para a precificação de suas ações. Foram considerados os R$ 1,4 bilhão em dividendos já previamente anunciados para o ano de 2026. A estes, somam-se os R$ 907 milhões referentes ao programa de recompra remanescente, o que levou a um P/L ajustado de 5,7 vezes. O banco estima que, após a conclusão do programa de recompra, o PagBank disporá de aproximadamente R$ 1,6 bilhão em capital excedente. Este montante projetado resultaria em um dividend yield de 9,6% para a empresa e recalcularia o múltiplo P/L para um valor de 5,1 vezes, consolidando a perspectiva de potencial atrativo para investidores.
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Diante do panorama apresentado, as ações de Stone e PagBank emergem como um tópico central para investidores no mercado financeiro brasileiro e global. A análise do Bradesco BBI, que sugere um robusto potencial de valorização em meio a múltiplos atrativos e retornos projetados consideráveis, reforça a importância de acompanhar de perto o setor de meios de pagamento. Para aprofundar-se em mais análises e notícias relevantes sobre o cenário econômico e as tendências de investimento, explore nossa editoria de Economia em RaroSolutions.com e mantenha-se informado. Esteja sempre à frente com as informações que podem guiar suas decisões financeiras.
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Crédito da imagem: Bradesco BBI/Divulgação
